terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Conjuntura e encaminhamentos (dezembro de 2015)


O Espaço Marxista, em sua modesta faina de blog de formulação política, agitação e propaganda, entende por bem fazer agora um apanhado dos acontecimentos que considera mais relevantes, no Brasil e no mundo. Do geral para o particular, comecemos com a conjuntura internacional.

Mantemos nossa opinião de que vivemos uma grande ofensiva movida pelo imperialismo ocidental (EUA, UE e aliados), que busca recuperar o prejuízo e o espaço perdido com a crise econômica de fins dos anos 2000, que possibilitou o fortalecimento, mesmo que em muitos pontos ainda tímido, de um bloco alternativo. Tal bloco alternativo tem como atores, dentre outros, os BRICS, com destaque para a Rússia e a China, o Eixo Bolivariano, o Mercosul, o Irã e os Estados Operários remanescentes- Cuba e Coreia do Norte. São elementos que, mesmo que possam em algumas (ou mesmo muitas) circunstâncias ser parceiros das potências ocidentais, trazem em relação a elas uma dimensão de rivalidade e concorrência, ou, como no caso de Coreia e Irã, de hostilidade declarada. É progressista que haja tais fissuras na hegemonia imperialista, por isso nós defendemos a frente única com todos esses agentes alternativos -aos quais incluimos os movimentos de massa, camponeses ou urbanos, armados ou não, ainda que nos marcos do nacionalismo burguês, incluindo de matiz religioso como as resistências islâmicas do mundo árabe- contra o imperialismo ocidental.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Até os jihadistas da al-Nusra sabem: não existe oposição moderada na Síria


O texto abaixo foi extraído aqui, versando sobre a crise síria- especificamente, sobre o mito do Exército "Livre" Sírio, a soldo do Ocidente, e cujos combatentes têm há muito engrossado as fileiras do jihadismo wahhabista, como o jornalista Robert Fisk já falara aqui.

Um dos braços mais radicais da al-Qaeda assegura que o Exército Livre Sírio se desintegrou

O grupo terrorista Frente al-Nusra [Jabhat al-Nusra], considerado o braço mais radical da al-Qaeda, afirmou que na Síria não existe o que a mídia ocidental chama de "oposição moderada".

O líder da al-Nusra, Abu Mohammad al-Yulani, assegurou que os membros do Exército Livre Sírio (ELS), composto por mercenários que lutam para a saída de Bashar al-Assad, se desintegrou e tem se somado às fileiras dos grupos terroristas. A Frente al-Nusra e o ELS têm colaborado mutuamente há anos.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Aprender com as derrotas


O texto abaixo foi extraído do sítio do PSUV, Partido Socialista Unido de Venezuela (original aqui), e busca, no esteio da recente derrota do campo popular de esquerda nas eleições parlamentares venezuelanas de 6 de dezembro de 2015, relembrar os comentários de Chávez acerca de outro insucesso eleitoral- o plebiscito para reforma constitucional de 2 de dezembro de 2007. A lição é a da necessidade de crítica e autocrítica, não se podendo cair no pessimismo mas, ao contrário, corrigir os erros e aprofundar os acertos.

Como marxistas, entendemos que pleitos eleitorais nos marcos do institucionalismo não são bom critério para avaliar o apoio popular e o grau de acerto de dado projeto político, haja vista as características inerentes ao legalismo burguês (limitações próprias do sistema, influência do poder econômico -internacional inclusive-, campanhas midiáticas etc.). Escolher o eleitoralismo como via principal é um grande erro. Todavia, também a disputa eleitoral tem sua relevância, e consequentemente há que estudá-la e aprender com ela.

O comandante Chávez chamava a aprender com as derrotas para fortalecer a Revolução

Em 6 de janeiro de 2008, após a primeira derrota eleitoral sofrida pela Revolução Bolivariana no referendo sobre a reforma constitucional, durante o [programa de rádio e tevê] "Alô Presidente" nº 299, o comandante Hugo Chávez refletiu sobre a importância que se deve dar a uma derrota eleitoral para ajudar a fortalecer o projeto político socialista e reconduzi-lo ao caminho da vitória.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Aviso aos esquerdistas: não são os trabalhadores, é a direita que está na iminência de derrubar o PT


O texto abaixo é do blog Socialista Livre (aqui), integrante da Frente Resistência. Trata-se da mesma opinião que temos esposado: o PT, apesar de aplicar uma agenda neoliberal, não o faz nem no ritmo nem na intensidade desejadas pela burguesia. Não bastasse, traz consigo uma cor "vermelha" incômoda, em vista dos laços que ainda mantém com os movimentos de base. Daí o capitalismo internacional, no afã de correr atrás do prejuízo da crise econômica de fins de anos 2000, ter pressa em derrubá-lo. Por esse mesmo motivo, nós estamos em FRENTE ÚNICA com o PT contra o golpe. O partido dito dos trabalhadores, com suas políticas anti-trabalhador, deve ser derrubado pelos trabalhadores, e não pelo bloco Cunha-Temer-Bolsonaro-PSDB.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Impeachment: mobilizar os trabalhadores contra o ataque orquestrado pela direita golpista!


Segue abaixo a posição da Frente Resistência acerca da abertura de processo de impeachment realizada pelo Achacador-Mor da República Eduardo Cunha no último dia 02. Nós somos contra o PT, mas somos muito mais contra a extrema-direita, fundamentalistas cristãos e demais reacionários que estão na ofensiva contra o governo Dilma. Adaptando a frase de Trotsky, podemos dizer que Dilma derrubada pelos trabalhadores é uma coisa, Dilma derrubada pelo bloco Cunha-Bolsonaro-PSDB é coisa bem diferente. Por isso, convocamos a frente anti-golpista.

FRENTE RESISTÊNCIA condena pedido de impeachment: isso é GOLPE!

Desde o término das eleições 2014, a direita PSDBista e afins, derrotados nas urnas, tem usado da chantagem do impeachment para tentar acuar cada vez mais o governo petista eleito pelos trabalhadores que se recusaram a votar na volta do PSDB ao poder.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...